A Desmaterialização do Nariz de Nero
Esta obra foi feita em 1947. Nela há um dos simbolismos criados por Dalí, usado para expressar sua visão sobre uma das entidades físicas mais discutidas em sua época: o átomo. Como se pode visualizar clicando aqui, esse é representado por uma romã cortada em duas metades e suas sementes parecem flutuar ao seu entorno.
Pensando dentro de um contexto físico, tal imagem poderia ser discutida ao tratarmos em sala de aula o desenvolvimento do modelo atômico, quando a comunidade científica abandona o modelo atômico de Dalton, no qual o átomo era uma estrutura maciça e impenetrável, ao perceber que este possuía uma estrutura. No caso, as sementes seriam os elétrons, partícula descoberta por J. J. Thomson e que compõe a estrutura atômica.
Envolta da romã há blocos que poderia representar a dominação do átomo pelos humanos, possivelmente representado pelas pessoas que a contemplam existentes na pintura.
Esta obra retrata uma fase da vida artística de Dalí conhecida como O Misticismo Nuclear, período em que o artista começa a demonstrar interesse pelo conhecimento científico, mais necessariamente assuntos relacionados com a Física Nuclear, tornando o átomo sua principal influência.
A Persistência da Memória
A pintura que pode ser vista neste link, talvez seja a obra mais famosa de Dalí. No quadro há relógios maleáveis e cada um apresenta uma hora diferente. Possivelmente, este quadro está relacionado com a Teoria da Relatividade de Einstein, onde tempo e espaço são tratados como grandezas de mesma natureza. Além disto, é possível trabalhar com esta obra a preocupação que a sociedade passou a ter com o tempo e que vem crescendo cada vez mais.
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Marcio José da Silva
Diogo dos Santos
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